quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Catimbós, Mandingas e Correntes de Libertação

                                              
Confesso que fiquei perplexo com um programa que assisti na televisão, dia desses. Estava lá o pastor da igreja internacional da graça de deus - escrevo em letra minúscula porque não acho que isso mereça ser escrito em caixa alta - a proferir bobagens.
Não estou dizendo que eu digo coisas sérias, mas tenho o direito de dizer que aquelas palavras são pura enganação.
Falava ele que a pessoa pode ter sua vida "atrapalhada" se alguém escrever seu nome num papel  e o colocar  na boca de um sapo, costurando-a depois; ou ainda, que se a pessoa comer um bombom que tenha sido consagrado a um encosto (entenda-se como um orixá) terá sua vida cheia de azar, com problemas sentimentais, financeiros, e de saúde. 
A salvação para esses problemas? A Corrente de Libertação! No culto você receberá uma sapatilha consagrada a deus para fazer uma caminhada dentro do templo. Dessas sapatilhas higiênicas usadas em hospitais.
Provavelmente nesse "passeio" o incauto fiel será instigado a dar todo seu dinheiro para os coletores de plantão com seus saquinhos ou envelopes. 
Pedir dinheiro não é pecado, nem crime; mas abusar da fé das pessoas devia dar cadeia.
É impressionante  como esses pilantras se arvoram no direito de "diagnosticar" os problemas e as causas desses problemas; e depois se arrogam dizendo que tudo vai ser resolvido se você for a uma (e depois mais, claro) mísera reunião de coleta de dinheiro.
Pobre de quem cai num conto do vigário desses. Ou seria mais correto chamar o conto do pastor?
Rico é quem administra a fortuna amealhada nessas correntes. 
Toda semana tem uma diferente, com um brinde consagrado: Uma rosa; um saquinho de sal; uma fita...
Fazer o quê? 
Rezar?