quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Assim Seremos, Amém

 


Nunca seremos uma civilização inteligente enquanto formos supersticiosos e crentes, achando que nosso destino é determinado por gestos, orações, mandingas e patuás. Temos, sim, sorte em ainda estarmos vivos em meio a tanta ignorância.

domingo, 13 de julho de 2014

Em campo

Para os idiotas que gostam de relacionar futebol e religião, a Copa deixa uma lição bem ateísta: Deus é brasileiro, o Papa é argentino e ambas as seleções tomaram no campo...
A Alemanha ficou com o primeiro lugar e a Holanda com o terceiro, em jogos que terminaram com vitória para esses times,  numa demonstração bem clara que quem ganha jogo é o time jogando bola em campo, e não fazendo orações, macumbas e mandingas.   

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Deus nos livre desses homens

É fato, e cada vez mais lastimável, que a política partidária trava batalha dentro dos templos religiosos atrás de votos, não importando qual o credo que se professe ali. Os fieis religiosos são vistos como integrantes de rebanhos não só por seus pastores (muitos deles inescrupulosos), mas por políticos inescrupulosos também. 
São como ovelhas prontas a votar em quem "deus" mandar. Claro que as ligações entre a política e a religião são tão antigas quanto a criação dessas duas instituições da civilização humana, mas o que nos admira é que em pleno século 21 os cidadãos estejam sendo, ainda, manipulados como massa de manobra por esses bandos de enganadores.
A impressão que dá é que, hoje, vivemos uma situação de ignorância maior que a que existia há três milênios. As Igrejas e os Partidos políticos têm cada vez mais dinheiro, mais poder, mais influência e, infelizmente, menos vergonha na cara, menos moral e menos ética. 
    

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Sigo sem cegueira.


Escrever todos podem, sabendo. Descobrir que isso é ofício de família é uma surpresa reconfortante. Meu avô escrevia e, como no tempo dele não existia internet nem blogs, ele publicava seus escritos em livros. E escrevia sobre, basicamente, religião. Coincidência escrevermos sobre o mesmo tema? Talvez não. Mas estamos aí com o papel e a caneta à mão. Resolvi dar nova vida aos escritos dele e criei um blog para expor as crônicas que ele publicou há várias décadas. Seu último livro, intitulado Últimas Crônicas foi de 1970. Algumas crônicas já estão no blog Vela de Sebo. Outras tantas virão com o tempo.
A visão dele é completamente diferente da minha. Ele era um apaixonado pela Igreja e suas verdades, mas criticava cada ação que ele entendia como errada. Eu critico e questiono essas verdades e a Igreja, mas não sou apaixonado por elas. Coisas de adolescente rebelde sem causa... Há muito não sou adolescente, e minhas críticas não são tão rebeldes sem causa assim. Sigo seu caminho, não suas ideias. 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Livre pensar


Eu não quero um deus que me salve. Eu quero homens que não me condenem.                                                              Carlos Dantas

domingo, 8 de abril de 2012

Sacrossanta ignorância

Foi-se o tempo em que a Semana Santa era uma festa religiosa. Hoje é um evento social. E muito rentável. 
De maior país católico do mundo, o Brasil transformou-se na maior panaceia religiosa do mundo com igrejas para todos os gostos, bolsos e pecados.
Essas igrejas estão sempre abrindo mais um "templo" nas esquinas das cidades a cada semana, aproveitando supermercados fechados, galpões abandonados, ou até mesmo pequenas garagens desocupadas. 
E cada uma dessas igrejas toma para si um novo tipo de atrativo para os fieis: o show artístico. Usam-se os mesmos estilos musicais que fazem sucesso e mudam-se as letras, com a colocação de um bocado de "Jesus", "aleluias" e "senhor" e pronto, está tudo transformado em música religiosa que louva aos deuses desses incautos fieis. 
As festas profanas são ojerizadas e condenadas pelos ditos "pastores de ovelhas" por serem consideradas como manifestações "do cão", mas a estrutura que eles usam para a louvação do "senhor" é a mesma: trios elétricos, bandas, muitas luzes, muito som alto, com cantores e cantoras com figurinos especiais, todo mundo "tirando o pé do chão" e gritando aleluia...
Antigamente a Semana Santa era época de reflexão e indulgência. As pessoas iam às igrejas para rezar e ouviam músicas sacras. Hoje a Igreja Católica já perdeu a primazia e a força, e ela mesma já enveredou para as manifestações artísticas para ver se segura seus fieis nas suas hostes, cantando musiquinhas especialmente preparadas e cantadas por padres shows-man. Dessa forma as músicas sacras de verdade foram relegadas aos arquivos e gavetas de partituras.
Mestres da música como Bach, Haendel, Haydn, Mozart, Vivaldi, Palestrina e outros tantos, e até o brasileiríssimo padre Nunes Garcia não são mais ouvidos. Nem poderiam ser, afinal o repertório deles não se coaduna com as atrações designadas para os fiéis nos shows programados para o feriado da Semana Santa, que não é mais tão santo assim. Brega, forró, MPB de qualidade duvidosa (mesmo que fosse boa), sertanejos e por aí a fora é o que o povo "quer" ouvir. De sacro mesmo só umas manifestações teatrais que mostram os últimos dias de Jesus, as famosas "paixões". Aos poucos o povo é levado a pensar que assistir a um "espetáculo" desses faz parte de um roteiro e de uma manifestação religiosa,  e que conta como  atividade religiosa. Não se dão conta nem da tietagem que leva milhares de fãs para ver esse ou aquele ator de televisão nos espetáculos mais famosos. 
Mas para que se preocupar com sofrimentos e orações? O que importa mesmo é se divertir, afinal a vida é dura. Às favas com sacrifícios e coisas parecidas. Jesus já foi crucificado para nos livrar desse mal... Amém.
Dentro das casas o que vale é o bacalhau e o ovo de páscoa. 
Por essas e por outras, Jesus deve estar se contorcendo na cruz e dizendo: "perdoa-os, pai; eles não sabem o que fazem".
  

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Findo mundo


O mundo - essa coisa que chamamos de planeta e nossa vida - está sempre no alvo dos prognósticos catastróficos dos videntes de plantão da humanidade. Na falta de coisa melhor pra fazer, os antigos [e bote antigo nisso] ficavam olhando para o céu e contemplando as estrelas. Naquela época as noites eram escuras e as estrelas podiam ser vistas aos milhares. Hoje mal olhamos por céu, e quando o fazemos  vemos apenas umas centenas de estrelas. O resto foi afogado pelo brilho das luzes que as cidades jogam na atmosfera.
Ponto positivo para nossos amigos do passado e ancestrais.
Mas a imaginação sempre foi a melhor atividade do ser humano. Nós abrimos mão de qualquer coisa para podermos pensar e inventar coisas. Como resultado dessa atividade surgiram os signos, as previsões zodiacais, as teorias heliocentrista e aquelas que determinavam a Terra como centro do universo. 
Para preencher lacunas no conhecimento foram criados os deuses. Assim tudo que não era entendido, era explicado com a criação de um deus, e com suas atividades ora de ira, ora de bondade. 
E de tanto olhar os céus os homens perceberam que estamos dando voltas em torno de alguma coisa, que também dá voltas em torno de outras coisas, que também não estão estáticas. São tantas voltas e tantos ciclos a começarem de novo, que acharam por bem registrar em histórias e previsões nada alvissareiras.
O que me intriga é o por que que nada de bom pode acontecer com a Terra; só coisa ruim... Nenhuma previsão de bom tempo, calmaria, paz de verdade. Só bagaceira!
Assim como podemos ver a chegada de um novo dia a cada manhã, e não damos a mínima importância a esse fato astronômico, podemos ver também os ciclos lunares com suas fases, e o ciclo completo que a Terra faz em volta do Sol em sua jornada de quase 400 dias. A esses fenômenos já damos um pouco mais de importância. Vemos que a massa líquida do planeta se altera sob a regência da Lua, e é importante sabermos as consequências desse movimento. A viagem do planeta se aproximando ou se afastando do sol determina mais ou menos calor recebido, e a duração do tempo em que a luz chega até nós. Há, por isso, as diferentes estações, e vivemos suas mudanças.  Aí alguém resolveu dar um início e um fim ao ciclo de um ano. Comemoramos a "virada" do ano como se fosse um dia diferente. Baboseiras culturais. Divertido, sim, porém tolice.
Quando os ciclos se tornam maiores, supunham nossos primordiais parentes do longínquo passado, que fatos impactantes iriam acontecer. A cada conjunção astronômica diferente, predições que o mundo ia se acabar. Vivemos diversos fins do mundo. Um a cada virada de século; de milênio; a cada alinhamento de Júpiter com Marte e Saturno, e sabe deus com que mais planetas; a cada visita de um cometa.
Na verdade o mundo continua mais firme que nunca. Firme e mutável como sempre, afinal o planeta é tão vivo quanto nós. De vez em quando irrompe de seu interior forças que mexem com a superfície, que é onde nós vivemos. Claro que isso nos afeta. Mas a geologia mostra que a vida no planeta já se acabou pelo menos uma vez. As teorias que explicam isso juntam a instantânea queda de um enorme meteorito, com o derramamento vulcânico por milhares de anos, com a consequente elevação da temperatura da atmosfera. No calor, o desequilíbrio ecológico fez milhões de espécies desaparecerem a vida no planeta praticamente teve que começar de novo. 
Aqui estamos nós esperando o novo fim do mundo. 
Se o universo foi criado no BIG BANG, hoje esperamos o BIG BUM!
Um pouco de derretimento das calotas polares, ventos exóticos, chuvas torrenciais, secas tórridas... De repente todo o mundo se vê frente a frente com mudanças do seu status quo. E ninguém consegue entender.
Como os antigos, explicamos tudo com teorias astronômicas de que o fim do mundo, dessa vez, chega mesmo.
Se pararmos para analisar, já estamos cavando nossa própria sepultura há tempos. E não vá culpar esse ou aquele país. A culpa é tão sua quanto de todos os seres humanos.
Jogar culpa em um ciclo que foi previsto há milhares de anos não vai adiantar muita coisa.
Tente ver o fim do mundo como o fim do dia. Amanhã terá outro. E você vai fazer o que de diferente? Nada. Vai apenas vivê-lo. 
Então, deixe o fim do mundo chegar e, depois, continue sua vida como se nada tivesse acontecido.      

sábado, 10 de dezembro de 2011

Feliz amanhã!


Mistura de rituais pagãos e católicos, o Natal firmou-se como um grande aliado do comércio no decorrer das últimas décadas, deixando para trás o simbolismo do nascimento de Cristo e da esperança.
São tantos os ingredientes usados nessa mistura, que é melhor nem parar para pensar sobre a data, pois corremos o risco de achar que somos meio estúpidos por comemorar algo que não faz o menor sentido quando visto à luz de um pouco de razão.
Estudantes do mundo inteiro se regozijam nessa época, pois é certo que terão alguns dias de folga escolar, e de quebra, ainda serão gratificados com uns mimos.
Com a proximidade do fim do ano, as pessoas têm a possibilidade de rever o que fizeram, deixaram de fazer, ou pretendem fazer no próximo ciclo de 12 meses. É uma época de reclusão intelectual, ou de total entrega aos costumes que impõem felicidade, afinal de contas... "Ho ho ho, é Natal."
É época do velho e gordo Papai Noel aparecer nas vitrines e nos shopping-centers para nos fazer ainda mais idiotas. 
É hora do mundo todo achar que deve nevar no pinheiro de plástico montado na sala da casa, que está toda enfeitada de piscas coloridos chineses. Os chineses ganham uma fortuna no Natal, com seus papais-noeis e cristos na manjedoura. 
E como será que eles comemoram o Natal, uma vez que eles não são cristãos? Fabricando e vendendo bugigangas para nós decorarmos nossas casas.
Somos tão tontos nesse momento, que achamos que Jesus era lourinho de olhos azuis e que nasceu no meio de uma tempestade de neve...   
Talvez caibam, aqui, mais reflexões sobre o tema, mas seria inócuo, certamente como foram essas palavras acima.
Resta desejar a todos um feliz amanhã.
Afinal, amanhã tem todo dia. Natal só uma vez por ano...

domingo, 16 de outubro de 2011

Escurecer, rezar! Vamos criar deus.

São muitas as religiões do mundo e muitas delas preconizam a oração no início da noite, assim que o sol está se pondo.
Envolta em rituais místicos e sagrados, a escolha desse momento não se dá por acaso. Esse momento, porém, de divino não tem nada. É puro medo, mesmo.
Perdida na história da evolução do homem, a descoberta do controle do fogo que iluminava e protegia, certamente se coloca como um marco no longo caminho percorrido pelos nossos ancestrais da idade da pedra até hoje.
Naquela época vivia-se escondido em cavernas, proteção natural oferecida pela natureza. Os ataques de animais e das forças da natureza eram as ações que mais exigiam atenção daqueles humanos.
Se o dia representava a hora da atividade e da segurança, a noite, por sua vez, era temida por sua negritude. Dentro da escuridão tudo podia existir e ameaçar a vida daquelas frágeis criaturas.
Que fazer, além de se esconder nas entranhas da terra e esperar o amanhecer? 
Inventaram, então, a mais forte ação mental de todas: A oração.
Não podemos dizer a que, ou a quem eles rezavam, mas isso aliviava a tensão e passava o tempo. Além de preparar  a junção carnal que viria logo mais.
Aqueles animais estavam prestes a criar um ser que merecesse essa distinção. Estavam criando deus. 
Dali em diante, a cada anoitecer, que vinha com suas perigosas horas escuras, o homem se dedica a rezar para pedir proteção e agradecer. Assim como faziam desde o tempo em que nem existia ainda a religião.

domingo, 21 de agosto de 2011

Morrer é pra quem vive

Da vida fazem parte muitas situações. Uma delas, extrema, é a morte.
Dia desses aconteceu.
Lá estava eu, em pleno velório, ouvindo preleções acerca do defunto e da vida. 
De como nós, vivos, lidamos com a nossa etapa derradeira.
Na verdade, de como nós não lidamos com ela.
Dela não queremos nem saber, e tentamos, a tudo, evitá-la. Não se fala, nem se ouve sobre ela.
Dizemos que a morte é triste e dolorosa, traiçoeira, pesada, sombria, ruim, fria, e tantos outros adjetivos que aprendemos ao longo de nossas vidas. 
Não devíamos agir assim afinal a vida é uma corrida para a morte 
E condição sine qua non para chegar à morte é estar vivo.
Achamos que a morte é ruim, quando, na verdade deveríamos é achar bom poder morrer, pois só nós, os vivos, temos esse privilégio.
Dói termos que nos afastar de pessoas caras que conviveram conosco e dividiram alguns tantos momentos nessa caminhada ao túmulo. 
A dor evoca o choro, mas chorar a separação é uma coisa, reclamar da morte é outra, bem diferente.
A dor maior é causada pela expectativa nunca cumprida de que, se não fosse a morte chegada, a vida dali em diante iria ser vivida para se conseguir realizar aquele sonho carregado durante toda a existência, e até então não colocado em prática. 
Apesar do desejo ter sido falado para todos, nada foi feito. A vida é vivida no cotidiano que nos empurra ladeira abaixo, e não nos permite saber que estamos vivos. As prioridades matam os desejos e os sonhos, adiando-os para um amanhã incerto. E é a morte quem paga a conta, sendo responsabilizada pela não realização desses sonhos.
Tolos somos todos os que acreditamos que a morte dói; que acreditamos que podemos ser eternos, mesmo convivendo com as reclamações (estas sim, eternas); que acreditamos que a morte de um conhecido nos fará diferentes amanhã. 
Qual nada. 
Depois da última pá de cal, nossos sentimentos de estranheza perante a morte se dobram, se guardam e voltam para o armário de nossas vidas de onde só sairão no próximo funeral.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Osamismo, Amém!


Diferentemente de Saddam Hussein, que foi capturado pelos soldados norte-americanos, julgado, condenado, enforcado e mostrado para todo o mundo, Osama Bin Laden foi dado como morto, mas não foi mostrado por medo de represálias, caso as imagens sejam divulgadas.
O corpo sumiu.
Muita gente duvida dessa morte, com certa razão, afinal, no amor e na guerra vale tudo. Uma mentirinha bem feita faz muita diferença.
Se existe o medo de incitar vinganças, caso as imagens sejam vistas, deve-se avaliar também o risco de não mostrar a morte em toda a sua realidade. O fanatismo poderá fazer com que aquele homem barbudo, vindo do Oriente Médio, torne-se a pedra fundamental para mais uma religião, assim como seus conterrâneos, mas não contemporâneos Maomé e Jesus Cristo.
Os ingredientes existem e não são nada suaves: em vida, lutava contra um mal, corporificado pelo ocidente; a caçada promovida pelos Estados Unidos por vários anos à sua cabeça; a sua morte anunciada repentinamente; e a falta do de cujus”; e o uso de alegações que não convencem muito, só pra citar as mais claras. Na verdade o que está sendo divulgado está causando mais desconfiança, do que crença. Está preparada a festa.
O que virá dessa interminável guerra entre o “bem” e o “mal”, fortemente estruturada entre diversas facções políticas e econômicas que querem o controle de alguns milhões de litros de petróleo, só deus sabe. E o que é mais grave: nem sabemos que deus é esse.
São tantos deuses que brigam por um espaço maior e por um poder maior nesse Olimpo, que faria inveja a Zeus e seus súditos divinos naqueles tempos mitológicos.
Dentro de alguns dias, quem sabe, não aparecerá alguém se dizendo o próprio Osama como enviado dos céus para salvar o seu povo do sofrimento causado pelo Ocidente. Ressuscitado, talvez. Mais um!
Já aconteceu algumas vezes, portanto, não é impossível acontecer de novo. Quanto a acreditar ou não, sabemos que tem sempre quem acredite no que aparece. Principalmente por lá, no Oriente Médio, que é a região onde mais surgiram religiões no mundo, berço do judaísmo, cristianismo, islamismo, sem contar com as religiões egípcias do tempo dos faraós que, em suas brigas com os judeus, nos tempos de Maomé, deram origem à páscoa.
Quem disse que o mundo estava chegando ao fim, pode acertar somente se estiver falando metaforicamente, afinal o palco está pronto para o que os historiadores chamam de “Idade Contemporânea” chegue ao fim. E seu fim foi anunciado quando Osama Bin Laden derrubou as torres gêmeas, em 2001.
Para quem não está por dentro dessas classificações, saiba que a Idade Antiga teve início quando acabou a Pré-História, há uns 6 mil anos. O marco dessa mudança foi o começo da civilização, quando o homem deixou de ser nômade e começou a construir seus instrumentos de trabalho. A Idade Antiga durou pouco mais de 4 mil anos, quando teve início a Idade Média, com a queda do Império Romano do Ocidente, no ano 476.
Quase mil anos depois, em 1453, iniciava-se a Idade Moderna, novo período na História que perduraria por 336 anos. Era a vez de cair o Império Romano do Oriente, quando Constantinopla foi tomada pelos muçulmanos. A Idade Moderna chegou ao fim na Revolução Francesa, que mudou os rumos do mundo com a “Fraternidade, Igualdade e Liberdade”. Começava em 1789 a Idade Contemporânea. De lá pra cá já se passaram 252. Se contarmos o ataque às torres gêmeas, são 242.
Como os períodos de tempo entre o início e o fim das Idades são cada vez menores, podemos entender o que estamos vivendo como um período de mudança. Os historiadores do futuro certamente vão usar como referência o ataque no início do milênio. Acho que o difícil vai ser dar um nome à nova classificação das idades.
Sugestões, por favor.      
      

domingo, 1 de maio de 2011

Bestificação dos fiéis




Costumo comentar alguns episódios acontecidos nas diversas instâncias religiosas mundo afora, por isso não posso deixar passar em branco essa beatificação de João Paulo II.
Morto há apenas 6 anos, o pontífice entra na reta para ser considerado santo, pulando algumas etapas do processo elaboradas pela própria Igreja, que é, por exemplo, a passagem de 5 anos para iniciar esse processo. Até aí, tudo bem, afinal, quem cuida da burocracia pode modificar os procedimentos sem atrapalhar nada, mas exumar o corpo...
Fico me perguntando por que tirar o caixão do sepulcro e incomodar o descanso eterno do Papa somente para que ele participe de sua própria beatificação?
Não vejo mais nenhum motivo além de uma jogada de marketing para a Igreja entrar na mídia de uma forma intensa e gratuita.
Com isso, milhares de fiéis vão aonde se expõe o caixão e alguns pertences de Karol Wojtyla numa manifestação mórbida como somente a Igreja consegue promover. Haja necrofilia.

domingo, 17 de abril de 2011

Paixão sanguinária


Chegou a época do ano mais apreciada pelos pervertidos e sedentos de sangue. Inconscientemente ou não, milhões de pessoas em todo o mundo reverenciam o sofrimento de Jesus Cristo alegando a salvação da alma e a entrada no reino dos céus, mas sentem prazer enorme em ver e saber que muito sangue foi derramado. 
Pessoas que gostam de ver um pobre homem ser açoitado, humilhado, chicoteado e crucificado até morrer. Gostam de ver seu sangue ser derramado. Sem isso não tem sofrimento. Sem sofrimento não tem salvação. Sem salvação só há condenação. 
É hora de aproveitar a chance criada pela igreja para satisfazer os mais escondidos desejos sanguinários e realizar impulsos sádicos, assistindo as milhares de apresentações de autos, peças de teatro, filmes, documentários ou outras manifestações sobre a vida, obra e morte de Cristo. 
Boa diversão para os doentes hematófilos.
Mas não sintam-se sós. Em todos os tempos, e, todos os cantos do mundo, sempre existiu essa sede por sangue.
Veja o tópico Dando o Sangue publicado há um ano.
Pai afasta de mim esse cálice...

quinta-feira, 17 de março de 2011

O planeta e seus movimentos


Há tempos que eu não tinha um motivo para escrever aqui e, de repente, veio um terromoto no Japão.
Milhares de fotos, videos e reportagens tomaram conta dos sites mundo afora. Embaixo da maioria dessas repostagens, a possibilidade de comentar... 
Ah, como o povo gosta de comentar. E tome baboseira: "Isso é o sinal que Jesus está voltando", "Deus está se vingando dos homens que destroem a natureza", "É o fim dos tempos"... Tantas besteiras, que eu me recuso a transcrevê-las.
Não tenho nada contra Deus e suas arbitrariedades, mas querer colocar a responsabilidade dessas manifestações naturais do planeta nas costas divinas... É demais.
Há milhões de anos - portanto, antes dos primeiros ancestrais dos japoneses pensarem em viver - aquele pedaço de terra é instável e sujeito a sacudidelas geológicas. O movimento das águas é consequência, e todo mundo sabe. Os japoneses, mais ainda. Tanto é que é deles a denominação: TSUNAMI. Aqui virou banda de brega. 
Quem não se lembra dos inúmeros filmes de supereróis nipônicos: Ultraman, Spectraman, National Kid, Jaspion, Power Rangers e outros tantos que lutavam contra inimigos espaciais e abissais que causavam terremotos e ondas gigantes? E Godzilla?
Isso faz parte da cultura deles assim como o Saci e as secas do sertão nordestino fazem parte da nossa.
E Deus não se mete nisso. O planeta Terra segue seu caminho lento de esfriamento do magma, e nada pode impedir o que vem por aí. 
A Califórnia está esperando o "Big One" há dezenas de anos. E um dia ele vai chegar. Talvez daqui a muito tempo, para nós, pobres mortais, que achamos 100 anos, um período de tempo longo. O planeta vive numa escala um pouquinho diferente. Nessa escala 100.000 anos é um piscar de olhos.  

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Passagem para o inferno


Sempre respeitei opiniões e valores dos outros mesmo quando acho que se trata de idiotices, afinal cada pessoa tem o direito de ser um imbecil e acreditar no que quiser. Mas, infelizmente respeito não é um dom que atinge todo mundo. 
Criei um blog para escrever e publicar o que quiser. Lê quem quer, gostando ou não do que está postado. Da mesma forma que respeito pensamentos alheios, não me incomodo quem discorda dos meus, pois sei que os meus são melhores mesmo. 
Não só respeito a pequenez do pensamento do anônimo que comentou meu tópico, como não apago e ainda destaco.
Publico agora o comentário feito acerca do tópico sobre pesquisas não realizadas:  Pretensão de proteção.
Não sei por que tanta ira no coração desse que se intitula religioso. 
Com uma atitude dessas, certamente ele está com sua passagem comprada para o inferno. Vai direto, sem escalas.
Pro inferno que ele crê, lógico, já que para mim, inferno é apenas uma forma social de se controlar falta de educação...


1 COMENTÁRIOS:


Anônimo disse...
Duvido! Prova isso seu ateu de merda!!!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Pretensão de proteção

Pesquisa (ainda não feita) pelas corretoras de seguros indicam que  67% dos veículos envolvidos em acidentes de trânsito eram portadores de adesivos religiosos, como terço de Maria, o rosto de Jesus, pombas do espírito santo, ou com dizeres tirados da bíblia, ou não.

 O alto índice de sinistros com esses motoristas indicam que eles são mais irresponsáveis na direção, por se acreditarem protegidos por uma fita adesiva no carro ou por um penduricalho qualquer no retrovisor.

 O resultado deve indicar um sobrepreço nas apólices cujos possuidores se declarem seguidores dessa ou daquela religião.

 Os motoristas que não se sentem protegidos por essas baboseiras industriais são mais cautelosos, afinal se não for assim, como será, não é verdade?

 Uma explicação mais para o lado místico indica que Deus está lá em cima só procurando mais almas para colher, e escolhe aqueles que já estão se marcando com esses badulaques.

Deus me livre...       

domingo, 12 de dezembro de 2010

Blogando por aí...

Imagem do tópico citado

Descobri esse blog: Mulherices, e um de seus tópicos é bastante pertinente com o Além do Amém:
Vale a pena a visita.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Creio em deus, pai, todo poderoso, criação do homem na terra.

Você acredita em Jesus, hoje. E há dois mil anos, você acreditaria, ou seria um daqueles que o consideraram uma fraude? 
Será que você só acredita nele porque alguém fez você achar que a história dele era verdadeira, e você nunca teve coragem de pensar ao contrário?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Reencarnação do cão

Brenfa

A morte e seus mistérios.
Há quem acredite que estamos aqui de passagem, mas que voltaremos. Há quem não acredite nisso.
Eu tenho crença diferente sobre a reencarnação:
Nascemos, morremos e voltamos mais evoluídos.
E para estarmos nessa vida como humanos, estamos chegando no final de nossa evolução, mas ainda faltam alguns passos:

O homem morre e reencarna mulher.
A mulher morre e reencarna cão.
O cão morre e reencarna cadela.
A cadela morre e seu espírito fica livre para sempre na paz da inexistência.

Hoje a minha cadela faleceu e foi viver sua liberdade no nada. Sem os sofrimentos e sem as dores inerentes aos seus últimos momentos encarnada.
Muita tristeza em perder quem me fez companhia durante quase 15 anos. Mas aliviado com essa superação.
Saudades.

domingo, 3 de outubro de 2010

Deus nos livre!!!

Além de atrapalhar a vida do cidadão comum que, por livre e espontânea vontade, frequenta seus templos, os religiosos, agora, vão fazer suas pregações nas tribunas políticas.
Se eles fazem bem aos seus fiéis (e sei que há os que fazem), que fiquem entre as quatro paredes de seus templos. Deixem a política para os políticos. 
Um candidato que se nomeia "pastor" ou "presbítero", não tem, obviamente, boas intenções políticas para o trabalho, uma vez que não pretende se despir de seus atributos eclesiásticos. E isso não é nada bom.
Em Pernambuco os dois candidatos mais votados para deputado estadual são um PASTOR e um PRESBÍTERO. Pernambuco, que tem também um PASTOR entre os 5 mais votados para deputado federal.
Fico a questionar se o problema é a ignorância dos eleitores ou a esperteza dos candidatos. Não sei qual o mais doloso.
Mas para um país que tem em Tiririca seu deputado federal mais votado... Que esperar?
Nem cruzando os dedos...
Só nos resta esperar uma cruz.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Signos, símbolos e primitivismo

São aceitáveis as profundas e tolas ligações que os antigos (alguns)  tinham para com detalhes da natureza, afinal de contas eles eram ignorantes. Os gregos (alguns, novamente) acreditavam que o universo se regia através das leis matemáticas. Os números pares, ímpares e seus múltiplos e divisores, eram quase divindades míticas. 
Outros criam no equilíbrio entre os humores orgânicos para determinar a saúde das pessoas, como se todas as pessoas fosse iguais.
Na verdade o grande problema de todo o mundo (até hoje, ressalte-se) é achar que os seres vivos são regidos, também, pela ciência exata da matemática. Não existe, na matemática um "2" diferente de outro "2". Todos os "2" do mundo são iguais e significam a mesma coisa.
 Gente é diferente. Não existem duas pessoas iguais, mas, desde a época em que éramos quase macacos, achamos que existe magia e poder em um número qualquer; numa combinação; naquele outro símbolo gráfico.
Hoje vivemos na mesma ignorância que nossos antepassados. Mudamos apenas os focos de nossa fé. 
Antes acreditávamos no sol, na lua, nos raios, na chuva, e deixamos isso de lado para sermos mais civilizados. Naquela época matavam para que todos acreditassem numa só verdade. Passamos a acreditar num deus parecido com um homem. Careca, cabeludo, barbudo, velho.. Qualquer coisa que se assemelhe a um homem. Mulher não vale!
Ainda hoje cremos em besteiras desse gênero. 
E continuamos a nos matar. Evoluímos alguma coisa? Parece que não.
Penso que o maior passo que a humanidade dará, só acontecerá quando conseguirmos nos livrar dessas prisões nas quais nos colocaram um dia e não queremos sair. 
É tão simples entender nossa ignorância e tolice. São tão claras a busca por poder e a tentativa de nos dominar por parte dos ambiciosos, que chega a ser patética a crença que a maioria das pessoas tem nas "divindades" apresentadas como representantes de alguma autoridade celestial.
Vive-se com medo de pecar e de ser punido nos céus. 
Ó, céus! Maior punição é viver nesse medo. 
Maior pecado é achar que que existe um pecado para ser cometido.  

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Eram os templos, foguetes?










       Essa tem abóbadas que lembram para-quedas 





Foguetes

Até a planta baixa das igrejas remetem à uma aeronave





A mitra papal lembra um foguete voando e lançando fogo pelas turbinas


Eram os deuses astronautas? Essa pergunta virou o título de um dos livros ícones dos anos 70, escrito por Erich Von Daniken, que até hoje trabalha divulgando suas ideias de procedência alienígena dos deuses.
Na mesma trilha seguida por ele e por outros tantos sobre o assunto, podemos pensar na relação existente entre as formas das igrejas, dos foguetes e da mitra papal. 
Curiosamente se chama de "NAVE" a área interna das igrejas...
Sinceramente não sei se alguém já discorreu sobre o assunto, e muito provavelmente já o fez, mas nunca li, ouvi ou vi nada a respeito, por isso faço o registro. Observem só as imagens e digam se não se parecem?

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Catimbós, Mandingas e Correntes de Libertação

                                              
Confesso que fiquei perplexo com um programa que assisti na televisão, dia desses. Estava lá o pastor da igreja internacional da graça de deus - escrevo em letra minúscula porque não acho que isso mereça ser escrito em caixa alta - a proferir bobagens.
Não estou dizendo que eu digo coisas sérias, mas tenho o direito de dizer que aquelas palavras são pura enganação.
Falava ele que a pessoa pode ter sua vida "atrapalhada" se alguém escrever seu nome num papel  e o colocar  na boca de um sapo, costurando-a depois; ou ainda, que se a pessoa comer um bombom que tenha sido consagrado a um encosto (entenda-se como um orixá) terá sua vida cheia de azar, com problemas sentimentais, financeiros, e de saúde. 
A salvação para esses problemas? A Corrente de Libertação! No culto você receberá uma sapatilha consagrada a deus para fazer uma caminhada dentro do templo. Dessas sapatilhas higiênicas usadas em hospitais.
Provavelmente nesse "passeio" o incauto fiel será instigado a dar todo seu dinheiro para os coletores de plantão com seus saquinhos ou envelopes. 
Pedir dinheiro não é pecado, nem crime; mas abusar da fé das pessoas devia dar cadeia.
É impressionante  como esses pilantras se arvoram no direito de "diagnosticar" os problemas e as causas desses problemas; e depois se arrogam dizendo que tudo vai ser resolvido se você for a uma (e depois mais, claro) mísera reunião de coleta de dinheiro.
Pobre de quem cai num conto do vigário desses. Ou seria mais correto chamar o conto do pastor?
Rico é quem administra a fortuna amealhada nessas correntes. 
Toda semana tem uma diferente, com um brinde consagrado: Uma rosa; um saquinho de sal; uma fita...
Fazer o quê? 
Rezar?  

terça-feira, 27 de julho de 2010

Fazendo uma igreja sobre a fé de peregrinos.

Resolvi montar uma igreja. 
Tem tanta gente sendo enganada por aí por uns falsos messias, que resolvi abri  a minha própria igreja. Não pretendo enganar ninguém; não prometo salvação (afinal, nem existe condenação); não cobro nada, mas aceito doações, sim, claro, por que não? 
Tem gente que precisa doar dinheiro para poder se sentir bem... Cada doido com sua mania.
A intenção de minha igreja é mostrar aos fiéis (eles não precisam ter fidelidade alguma) que não há culpa a temer; não há deus vingador (nem salvador); que a força da fé é algo inerente aos seres vivos. 
A fé tem força, por isso é importante crer na fé e divulgar isso. 
E os peregrinos sairão pelo mundo divulgando essa verdade que está na cara de todo mundo mas ninguém quer ver. 

O nome será : Igreja do Poder da Fé de Peregrinos.


Participe e salve seu bolso e sua consciência.
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